segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Meu nome é Ricardo Fidelis escritor amador.

Desenvolvi esse blog, para publicar o meu livro, já que nem sempre é fácil encontrar uma editora que acredite em nossos trabalhos. Além disso o blog possibilita maior capacidade de visualização dos mesmos.
A princípio postarei o Prefácio de "O ANJO ERIAL", como primeira página, quem achar interessante poderá adquirir através de contato por e-mail.
Ao lado da postagem há um botão para doação, com qualquer valor doado é possível adquirir capítulos do meu livro.
Prestigie o meu trabalho e meu blog com a sua presença!
Para maiores informações:
e-mail: ricardo1fidelis@hotmail.com


Amo minha esposa e meu Filho!




O Anjo Erial

Prefácio:




Algumas pessoas não acreditam em anjos, mas os que crêem, dizem que são formas de energia positivas que nos auxiliam na caminhada de nossas vidas...
O anjo Erial conta história de um enviado de Deus para auxiliar um garoto numa perigosa missão, lutar contra um estranho poder além de seu imaginário.
O nome desse garoto é Max, que assim como todos nós temos uma missão no mundo.
Ninguém vive por acaso e todos nós fazemos parte do grandioso mecanismo do universo. Todos nós temos anjos para nos guiar através da escuridão da dúvida, do medo e dos problemas, são mensageiros de Deus trazendo a paz através de sua luz. Todos nós temos uma missão ou várias. Todas, com certeza, voltadas para nossa evolução. Mas Max não.
Para Max e Erial agora existe apenas uma missão. E não é para evoluir o espírito, mas sim evitar a destruição e recuperar uma vida. Apenas uma única missão para toda a eternidade, mas a maior e mais complicada missão para uma pessoa e também para um anjo que já existiu.
Contaremos esta grande aventura dividindo-a em duas partes muito significativas, contando também a história de três pessoas que Erial interagiu em suas vidas e que desencadearam toda a aventura. A primeira parte é a história do comandante Jonhanssein Neug e Patrícia Fellen, os primeiros elos de ligação entre Erial e o nosso planeta e a segunda parte é a história de Max, protegido do já então anjo Erial e principal auxiliar no cumprimento da missão, lutar contra o Líder – o anjo maligno.
 Líder é o comandante da maior e mais moderna base espacial do universo. Cercado da mais alta tecnologia em sua base e naves de combate, conta também com seu alto nível de poder psíquico capaz de torná-lo um inimigo quase indestrutível.
O Líder viaja pelo espaço com uma determinada missão: resignar e destruir. Espalha guerra e dor de diversas formas de se fazer o mal. Desde influência indireta no auxílio de empresas, ajuda deliberada a uma civilização com dinheiro ou tecnologia causando diferenças mundiais criando fome e guerra entre povos, disseminação de doenças contagiosas e letais entre pessoas e, se isso não for possível, uma guerra rápida e devastadora. O Líder tem os seus ideais e seu objetivo pessoal é convencer a todos com suas idéias e mostrar que tem razão pelo que está fazendo.  

O planeta Terra também sofre das conseqüências de um ataque do Líder, mas felizmente o seu plano de destruição não funcionou e a Terra escapou. É com muita tristeza que se lembram da guerra de 2025, mas na realidade a guerra trouxe a nova era para nosso planeta.
Depois de dois mil e vinte cinco a Terra se modificou e anos depois os humanos começaram a reconstruir um novo mundo. Do pós-guerra até o ano de dois mil e quarenta e nove, a Terra obteve sua maior evolução tecnológica de todos os tempos, ou seja, em apenas vinte e quatro anos tudo que para nós era teoria passou a ser realidade. Uma nova era de paz e prosperidade se iniciara no mundo. Realmente depois da guerra, a humanidade descobriu muitas coisas, principalmente a respeitar uns aos outros. Por isso, muitas coisas que para nós era a realidade do dia-a-dia, como a miséria e a fome, passaram a ser um fato do passado. Algumas pessoas diziam que havia começado a era de Aquário; não se pode afirmar. A verdade era que até antes do ano dois mil e vinte cinco, algumas pessoas apenas teorizavam ou não acreditavam na existência de nosso divino Deus, porém depois desta época, todas as pessoas sem sombras de dúvidas, passaram a acreditar em sua existência. Mas infelizmente ainda havia um pequeno número de pessoas que por alguma inconformidade ou revolta, passaram a não acreditar na palavra. Eram pessoas boas ou pelo menos sem intuito de maldade e que viviam um pouco isoladas da sociedade, pois assim preferiam. Mas finalmente nesta nova era a Terra vivia em paz e uma grande ajuda veio do arsenal tecnológico coletado das naves extraterrestres abatidas. Nesta época os humanos não inventaram nada, somente reconstruíram e adaptaram os aparelhos encontrados, alguns semidestruídos, outros em perfeito estado, daí a facilidade e a rapidez para evolução tecnológica humana.
A história de Erial descreve muita tecnologia e modernidade, mas nada de tão impossível ou remota para a sabedoria, inteligência e experiência das civilizações do universo. Com essa guerra, a Terra conseguiu construir diversas naves espaciais capazes de cruzar a galáxia e diversos aparelhos que auxiliaram ainda mais a nossa vida e ao nosso planeta. Usavam aparelhos rádio de última geração com tradutores simultâneos de línguas alienígenas, computadores com velocidade inestimável, somando as naves reconstruídas e adaptadas, encontraram também um teletransportador em uma nave inimiga usada para desembarcar os guerreiros em terra. Todas essas mudanças e descobertas tornaram aos humanos, mais possível aprenderem sobre as civilizações extraterrestres, cujo primeiro contato comprovado foi no momento da guerra. Também nesta faixa de tempo, foram iniciadas as expedições a outros planetas tanto via rádio como com uso de naves intergalácticas tripuladas e não tripuladas a planetas inóspitos ou civilizados...
O anjo Erial é uma história cercada da mais alta tecnologia do universo, mas inspira-se também no grande poder do sentimento das pessoas e da energia insubstituível da nossa alma.
O anjo Erial não é tão somente a história do poder de um anjo. É também a história do poder das pessoas de todo o universo de mudar para melhor, reconstruir e aprender a viver em comunhão com a natureza e com o próprio espírito e também saber lhe dar com o poder negativo e aprender com que intensidade e limite este poder pode nos influenciar em nossas vidas e personalidade.
Nesta aventura, a surpreendente tecnologia existente no universo e que os humanos conseguiram conquistar, está presente em vários momentos e, é com um humano envolvido nesta avançada tecnologia, que começaremos nossa história. Jonhanssein Neug, que conta talvez, a sua mais importante expedição de paz “A missão Acnam”. Patrícia Fellen, líder do grupo de espiritualistas que viabilizou a primeira comunicação com mestre Erial.

A História de Jonhanssein

        

             A Saudação

        
“Que a paz esteja conosco.
Sou um visitante do planeta Terra.
 É com muito prazer que o meu planeta se propôs a essa missão de paz e amizade com o povo acniano.
O meu nome é Jonhanssein Neug e me sinto honrado por estar aqui na terra de nosso querido mestre Erial. E devo lembrar que, além de paz e amizade, o intuito principal desta missão é de encontrar e conhecer o inestimável mestre pessoalmente.
Devem estar se perguntando agora –se estiverem me entendendo –como sabemos do mestre Erial? Mas eu respondo.
Há muito tempo em meu planeta temos contato com Erial por meios telepáticos.
Conversando durante muitos anos com Erial, acabou-se criando um elo de amizade entre a Terra e o mestre, pois percebemos o seu poder bondoso e sua sabedoria para o bem o tornando sem dúvida uma pessoa adorável.
Viemos como visitante em paz e quero levar pelo menos uma mensagem dele aos meus irmãos da Terra. Graças a sua energia dada por Deus como dom, consegui chegar aqui, por isso me sinto bem.”
                                                                                                                                                                                                                     
        
Nesse momento Jonhanssein não mais lia a carta e expressava-se em voz alta o que vinha em sua mente:
     
“Talvez pudesse entrar e ir direto ao templo,
guiado por ele é claro, mas não podemos fazer isso, não somos invasores.
Peço ao vosso líder se estiver presente ou não, que me levem até Erial com a permissão dele é claro.
 Mas afinal, o sentido dessa missão é expandir nossas amizades com seu planeta, tenho certeza de que esta visita ligará nossos mundos para sempre.
Agradeço as vossas compreensões e desculpe-nos por um eventual susto.

Planeta Terra.”


Guardou a carta que era um pequeno painel digital, cruzou as pernas e demonstrou a presença mais tranqüila e fria daquele lugar. Da sala onde se encontrava, via por uma esguia janela de vidro a sala de comando ao lado onde se encontrava o cientista chefe Djarco, o rei Shadell e os ministros, ansiosos expectadores.
  —Você está me ouvindo bem Jonrassein? Pergunta Djarco.
   —Sim, estou entendendo, só que você errou meu nome, me chamo Jonhanssein e não Jonrassein. Fico surpreendido por sua tecnologia e estou à vontade por poder respirar normalmente o seu ar, apesar de ser muito úmido.
—Estou feliz por você estar se sentindo bem.
Djarco então se apresentou e apresentou os outros presentes. Jonhanssein ficou feliz por saber que o rei estava ali. Só ele poderia conceder-lhe a visita à Erial.
—É com muito prazer que recebemos você, um representante da Terra, agora o nosso rei quer falar-lhe.
Jonhanssein ficou mais aliviado ao saber disso. Shadell tomou o lugar de Djarco, vestiu os aparelhos e se pôs a falar com o estrangeiro:
—Seja bem vindo a Acnam, não estava aqui na hora que apareceu, mas ouvi que sabe da existência de Erial e que deseja encontrá-lo. Como e por quê?
—Claro rei Shadell lhe esclarecerei:
“Foi no ano de dois mil e cinqüenta e um na cronologia de meu planeta. Em uma palestra anual de psicologia onde uma profissional da área de comunicações telepáticas foi convidada, o seu nome é Patrícia Fellen..., dedicou toda sua vida para esses estudos e se tornou uma das mais respeitadas desse ramo. Nesta palestra não se encontrava somente por isso, mas sim porque alegava ter conseguido se telepatizar por diversas vezes com um ser de outro planeta, ela dizia sobre a façanha e comentava sobre seu trabalho e dedicação, até aí tudo bem, foi só quando expressou o nome “Erial” que houve uma real agitação na platéia. Como se tivessem ouvido seus próprios nomes, quatro pessoas se levantaram rapidamente de suas poltronas. Houve muito falatório, espanto, surpresa. Tudo bem que aquilo para a sociedade presente era uma grande conquista, só que algo em comum ligava as quatro pessoas que levantaram à Patrícia. Ao término da palestra se encontraram e conversaram por algum tempo, acabaram chegando à conclusão que comunicaram com a mesma entidade...”
—Você também se comunica com Erial, ou seja, você também fazia parte desse grupo?– Pergunta o rei muito curioso.
—Não, não, eu não participava desse grupo, eu entro muito depois nesta história, aliás, eu nem acreditava nessa conversa de comunicações telepáticas, mas foi quando eles chamaram a atenção da comunidade científica da Base Tecnológica Central e resolveram contribuir num projeto pioneiro para a ciência, aliás, tudo nesta época para nós estava sendo pioneiro.

“Explicaram aos cientistas o que estava se passando e aceitaram a se submeter a testes e comunicações telepáticas supervisionadas pelos mesmos e assim, eles, os cientistas, foram se interessando mais e mais pelo caso Erial. O fato era interessante e continham detalhes que o tornavam reais, ainda mais que descobrimos que as cinco pessoas eram distintas, ou seja, eram cinco pessoas de diferentes partes do mundo onde a mais conhecida era Patrícia Fellen mesmo assim só pelo nome e tinham a mesma história quando se falava em Erial. Criou-se então o interesse de estudar se realmente era possível telepatizar com seres de outro planeta e consequentemente, adquirir diversas informações que Erial poderia fornecer-nos”.

“Certo dia, entrei na sala onde o grupo estava fazendo experiências e comecei a observar, fiquei impressionado com o interesse dos cientistas por aquelas pessoas. Eu não acreditava nesses poderes da mente, mas nesta hora já estava começando a acreditar. Quando eu estava pensando sobre isso comecei a sentir uma tontura que foi aumentando pouco a pouco depois veio uma fraqueza e, não sei como, meus pensamentos, inclusive uma música em minha mente começou a se dissipar me deixando quase que irracional, caí de joelhos no chão, perdi minhas forças. Algumas pessoas vieram me acudir e sem querer entrei em transe ouvindo uma serena e tranqüila voz: “calma, calma meu amigo, desculpe-me por invadir assim sua mente, mas é porque é sua primeira vez, na próxima não vai ser assim”, eu fiquei desesperado me batia e ficava me perguntando: o que? o que?... fiquei besta, então Patrícia se aproximou de mim e acalmando-me, disse: “você está se comunicando com mestre Erial, sinta se privilegiado e acalme-se”, eu não estava entendendo, aliás, não queria entender, mas procurei ter calma e, um pouco mais quociente me perguntei: por que eu? Erial então me respondeu: “porque você é o único aqui nesta sala que é astronauta e pode vir aqui no meu planeta trazer a prazerosa e importante amizade entre nossos mundos”. Depois dessa comunicação as outras me foram normais e finalmente pude compreender a amplitude dessa ciência. Fui esclarecido de como deveria agir e de como era importante essa missão à humanidade a fim de desvendar um novo elo.”
“Estou aqui para conhecer mestre Erial e, se ele quiser conhecer o meu planeta...”.

Neste momento Jonhanssein levantou se da poltrona, Djarco e o rei Shadell levantaram se do outro lado, se encontrando todos no corredor. O rei ergueu a mão direita e autorizou a todos a irem ao templo de Erial que se localizava em outra região. Na nave imperial embarcaram o rei, o líder dos cientistas e os ministros, sendo seguidos pela nave do visitante da Terra que havia sido revisada pelos acnianos.
A viagem durou cinco minutos cruzando um belo oceano que separava as duas regiões. A viagem era secreta, não queriam que povo de Acnam soubesse do visitante do outro mundo, por enquanto, apesar da notícia que se espalhara para todo o mundo do objeto não identificado visto no céu da região central.

Chegando ao templo, Jonhanssein ficou surpreendido com a beleza do lugar, não era tão grande, mas a decoração ao redor encantava o ambiente, o jardim florido e as grandes árvores que se alinhavam perfeitamente em volta do templo faziam daquele lugar muito aconchegante pela natureza, mas o que mais o fez se encantar foi uma cachoeirinha ao lado do templo onde Jonhanssein molhou o rosto e bebeu a água mais pura que já tomou em sua vida.
Ali era um lugar bem diferente do resto do planeta, como se o planeta todo fosse um centro tecnológico e ali fosse um parque florestal preservado para o equilíbrio, pois, ao contrario das outras regiões, ali não se viam naves de transportes trafegando pelo céu.
Jonhanssein, com muita ansiedade, ia entrando no templo quando foi barrado por Shadell, o humano nada entendeu, mas observou que o rei e os outros juntaram as palmas e murmuraram uma espécie de prece, então Jonhanssein copiou-os para não desagradar.
Erial abriu a porta já com um sorriso nos lábios e o rosto de Jonhanssein se abriu de surpresa. Ele era muito alto, dois metros e cinco, rosto afinado como seu nariz longo, era magro, mas o rosto rosado demonstrava sadio, tinha cabelos longos e grisalhos, os olhos claros também eram meios acinzentados por causa do reflexo dos cabelos. Sua roupa era em forma de véus de várias cores claras e sóbrias, tons azuis, amarelo, cinza fazia parte dos véus que cobriam todo seu corpo escondendo até os pés.      
Convidou-os a entrar com grande calorosidade ao seu templo.
—“Jonhanssein, que bom que está aqui!
Telepatiza Erial com seu amigo. E vira-se ao rei, Djarco e aos ministros, os cumprimenta e dialoga com eles numa língua intraduzível à Jonhanssein, assim que Erial terminou, os outros se retiram, deixando-o com Jonhanssein.
—Muito obrigado Erial por me guiar seguramente até aqui. O saúdo em nome de meu planeta.
—Eu é que fico muito feliz de tê-lo em meu templo e saber que és o primeiro amigo de outro mundo que conheço face a face, sinto em meu coração que tudo esta dando certo.
—Esta é sem dúvida a missão mais importante de minha vida e muito importante também para humanidade, tenho certeza de que podemos aprender muitas coisas, inclusive eu que já estou aprendendo a me expressar sem usar as mãos nem a boca.
Os dois riram e Erial levou Jonhanssein para conhecer seu templo.
Jonhanssein perguntou:
—Erial, o que faz aqui dentro desse templo, você só fica aqui dentro com essa beleza toda?
—Não, não, o dia todo não. Sempre estou indo à cidade para descontrair e ajudar as pessoas, mas prefiro ficar mais tempo aqui cuidando do meu jardim e meditando para várias pessoas daqui, de outros mundos, como seu planeta e outras formas de energia. E você o que faz quando não está no espaço?
—Eu, bom, sou piloto da força aérea mundial, sou astronauta e gosto de música, perdi minha família na guerra, minha mulher e meus filhos se foram quando eu estava a milhares de quilômetros de casa e, não pude fazer nada... Agora moro sozinho numa aconchegante casa dentro da base central, treino todos os dias, tenho minha própria nave e tenho meu status com o meu governo. Por exemplo, todas as missões que eu sou chamado, sou convocado como comandante de equipe, sinceramente me orgulho muito disso.
—Jonhanssein, percebi que falou em guerra, de qual guerra você cita dentre as várias de seu mundo?
—Falo desta última e derradeira como o senhor deve saber.
—Em minhas viagens telepáticas ao seu planeta, quando vou me comunicar com meus amigos, sinto muitas energias negativas, consigo identificar quando é uma guerra sinto muitas guerras, mas não sei descrever como e quando elas ocorrem.
—É, mas agora minha terra mudou, vivemos em paz e é isto que tenho vontade de lhe mostrar, Erial, quero te fazer um pedido, gostaria que viesse comigo a Terra, somente para conhecer meu planeta e seus amigos.
—Ah não, não! Não posso meu caro, talvez as pessoas poderiam se assustar comigo creio que não  estejam preparados e, também nunca sai de meu planeta materialmente, acredito que nem eu estou preparado fisicamente para isso.
—Ora Erial, em meu planeta todos estão preparados para isso e te esperando, chefes de estados, multidões, seus amigos, já estamos todos preparados, uma grande festa o aguarda e será com certeza uma grande honra para todos nós a sua presença em nosso mundo. Erial sei que não tens doença e está bem fisicamente, a viagem não lhe trará desgaste algum, eu lhe prometo. Por favor, Erial, não nos decepcione!
A insistência de Jonhanssein era grande causando grande dúvida à Erial, este pediu:
—Por favor, não me deixe em dúvida.
Jonhanssein continuou:
—Veja só que coisa boa poderá andar a vontade ao ar livre e respirar normalmente assim como eu estou agora, ora vamos!
Embora Jonhanssein falasse e insistisse sem parar, Erial por alguns instantes parecia não ouvi-lo e cerrou seus olhos pensando firmemente só quando Jonhanssein terminou de falar que ele voltou a si e disse finalmente:
—Bom sendo assim então vamos!
—Muito obrigado Erial!–diz Jonhanssein exaltado de alegria.
Saíram do jardim voltando para o interior do templo, passaram por dentro de uma sala e reencontraram-se com o rei e o grupo.
Todos levantaram e Erial disse à Shadell em seu idioma:
—Irei com Jonhanssein ao seu planeta Terra.
—Como!–exclamou o rei surpreso com a decisão - não acha perigoso?
—Os humanos não são perigosos, tenho muitos amigos por lá e irei numa missão de paz.
—Bom, se não pressente perigo algum, então tudo bem!
—Não se preocupe Shadell, mestre Erial sabe se defender. –diz Djarco.
—Não se preocupem, voltarei logo!
Exclamou Erial e se dirigiu a parte frontal do templo onde estavam as naves, Jonhanssein o acompanhou e ao passar pelos acnianos baixou a cabeça em sinal de agradecimento e se dirigiu à nave onde retirou um uniforme espacial para ser usado por Erial, ele olhou, olhou e balançou a cabeça negativamente não aceitando e disse à Jonhanssein:
 —Prefiro ir com minhas roupas me sinto mais confortável.
Jonhanssein aceitou, não poderia contrariá-lo, também não ia ser necessário, tudo estava dando certo. Adentraram na nave e levantaram vôo em direção ao planeta Terra. O rei e os outros ficaram no pátio observando e tentando imaginar o que poderia acontecer, mas estavam com as mentes cheias de um dia repleto de surpresas e novidades e resolveram voltar para casa.

Uma afinidade os unia, a paixão pelo universo. Eles se sentiam bem ali naquele ambiente, se lembravam de poesias antigas e verdadeiras e, Jonhanssein particularmente, lembrava de sua amada esposa e de seus filhos que morreram tão jovens, mas o universo era especial; por isso, mesmo pensando em coisas não agradáveis ao coração, naquele lugar não se sentia tristeza e sim deslumbro. A semi-escuridão contagiava a alma e escurecia toda a cabina que era apenas iluminada pelas luzinhas do painel. Este demonstrava a velocidade regressiva, um novo modo de medir a velocidade que os humanos optaram em longas viagens, funcionava como nesse caso, o painel simplesmente demonstrava quanto tempo faltava até o destino, se faltassem anos luzes demonstrava quantos anos luz demoraria. Se faltassem anos demonstrava o tempo em anos e assim por diante em meses, dias, horas, minutos e segundos. Aumentando a aceleração da nave aumentava a velocidade da regressão do tempo, com as naves alcançando e ultrapassando facilmente a velocidade da luz viagens longínquas eram feitas em alguns anos. O modelo da nave do comandante Jonhanssein era uma das mais simples.